quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Como posso esquecer dos costumes?


"Eu pensei
Que pudesse esquecer
Certos velhos costumes
Eu pensei
Que já nem me lembrasse
De coisas passadas
Eu pensei
Que pudesse enganar
A mim mesmo dizendo
Que essas coisas da vida em comum
Não ficavam marcadas
Não pensei
Que me fizessem falta
Umas poucas palavras
Dessas coisas simples
Que dizemos antes de dormir
De manhã
O bom dia na cama
A conversa informal
O beijo depois o café
O cigarro e o jornal
Os costumes me falam de coisas
De fatos antigos
Não me esqueço das tardes alegres
Com nossos amigos
Um final de programa
Fim de madrugada
O aconchego na cama
A luz apagada
Essas coisas
Só mesmo com o tempo
Se pode esquecer
E então eu me vejo sozinha como estou agora
E respiro toda a liberdade
Que alguém pode ter
De repente ser livre
Até me assusta
Me aceitar sem você
Certas vezes me custa
Como posso esquecer dos costumes
Se nem mesmo esqueci de você!"

Queria poder te dizer que não precisa ter medo...


Mas eu não posso. Queria te pedir que confiasse em mim inteiramente, mas eu não consigo. Queria te prometer um pra sempre sem culpa, sem remorso, mas não dá. As coisas não conseguem ser as mesmas depois que um dos dois muda, e eu mudei. Mudei de volta. Sou o que eu era antes mas com sentimentos de agora. Por isso minha confusão e meu medo. Medo de perder e de te ter. Medo que não dê certo nenhuma das opções. Por favor, entenda minhas idas. Não é algo que eu queira, mas te ver comigo inteiramente e eu não conseguir retribuir minha outra metade da mesma maneira me deixa sem chão, meu bem. Fico porque sou fraca. Fraca demais. Não consigo te ver pedir por algo que eu também quero, entende? Quero muito. Mas não devo. Vem, fica perto, nem precisa me entender se quiser, só fica perto. Deixa que seus medos eu espanto e mando embora com um assobio pausado soletrando um eu te amo bem baixinho pra só você ouvir, amor, só você.
(Jéssica Barreto)

domingo, 28 de agosto de 2011

Endereçada à você!


''Fui muito bem educada e sei que presente não se devolve, mas faça-me o favor de passar seu endereço porque quero abandonar meus bons modos. Aquele creme amaciante que você gentilmente me mandou não me serve, amor; mais delicada do que eu só a pelagem do gato da sua mãe. Com todo o cuidado do mundo, envio o presente pelo correio, junto com esta carta para que possa refletir. Sinceramente, você precisa mais desse creme do que eu; sugiro que engula-o ou arranje uma forma de passá-lo no coração para ver se a pedra se desfaz em algodão. Desculpe se minhas palavras soam um tanto ásperas, mas ultimamente tenho sentido uma necessidade enorme de lhe falar coisas secas. Cansei de tentar misturar açúcar com sal na esperança de transformar o irreal em algo saboroso, bem como de depositar intensidade onde só há vazios. Querido, esse bocado de cascalhos mascarados (que você erroneamente chama de sentimentos) não me enganam mais, e já lhe aviso que você terá de encontrar, a partir de agora, um outro alguém para completar seus espaços ocos e lhe servir de apoio.
Com completo descaso,
                               alguém que não se importa mais."

Tudo bem...



Não é a primeira vez que você se sente tão perdida, usada, burra e sozinha!!

A resposta às vezes perde a hora!


Vem cá. Chega mais p erto. Sente? Diz que sim, vai. Tem que chegar bem perto, perto a ponto de ouvir o tum-tum do coração, a respiração, o calor do corpo aquecendo ao redor. Você consegue fazer um esforço e tentar olhar para o que passou sem alguma mágoa? O rancor trava a gente, faz qualquer tipo de saudade perder o ônibus, o prazo, o sentido. Não quero, não pode. A gente sentiu amor por um segundo. Era, não era? Diz pra mim, fala assim, devagar, olhando no meu olho, afastando a decadência injusta do fim.

Amor, essa palavra desconhecida. Naquela hora, era. Amor, essa palavra que todo mundo quer pegar no colo e ninar. Naquela hora, era. Amor, essa palavra que gosta de sair sem maquiagem e salto alto. Naquela hora, era. Amor, essa palavra que é pureza, verdade. Naquela hora, era. Amor, amor. Era, não era?

Tive medo de ficar perto, bem perto assim. Perto a ponto de ouvir o tum-tum do coração, a respiração, o calor do corpo aquecendo ao redor. Medo, essa palavra que anda junto com o amor. Naquela hora era, era medo, era amor. Naquela hora era ilusão, essa palavra que fica na frente do amor, a guarda-costas do amor, se vier uma bala perdida, tum, acerta a ilusão. Naquela hora era pra ser amor, então ele tinha que ficar vivo.

Ficou um vazio de repente. Se era pra ser amor, se ele tinha guarda-costas, se sobreviveu, era pra ter resistido, não era? Por que o vazio intenso e doído? Por que a sensação de ter caído do décimo quinto andar? Por que, se era amor? Não era? O vazio deu lugar a uma ânsia de vômito, um embrulho que fazia o mundo girar rapidamente. Porque perdemos tanto tempo numa coisa que nunca foi. O amor não questiona, ele é.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Não confunda o amor!!!


"Isso que você diz sentir não é amor.Nunca foi amor, nem nunca será. Isso se chama acomodação, dependência, preguiça,costume,carência, paixão,egoísmo. Perceba o que é isso que você sente,entenda o quão doentio e insiginificante, é isso pra mim e pra você. Se liberte desse sentimento, reconstrua o seu amor próprio e experimente AMAR de verdade . Só por favor não se engane, não se precipite, não me engane dizendo que me amar, que eu percebo a mentira que seria!!Você que é tão convincente com palavras mas um fracasso em demonstrar. Tão imune à tudo que se mostra entregue demais. Tão auto suficiente, sem ser. Liberte-se dessas amarras e me deixe livre também. Eu suplico!!!" 

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Eu tenho meu lado carinhoso....

 
 Tenho um lado estressado. Tenho um lado preguiçoso. Tenho meu lado engraçado. Tenho um lado irônico. Tenho um lado insuportável. Tenho um lado amável. E cada um tem o meu lado que merece!!!!


domingo, 21 de agosto de 2011

Quando eu te abracei...

"Eu te amei muito. Nunca disse, como você também não disse, mas acho que você soube!"

Você sabe o quanto me faz falta?


"Alô?
- Oi, não fala nada, só escuta. Sim, tenho plena consciência de que são 2:32 da manhã, ou melhor da madrugada, e que você odeia que te acordem. Sei também que você tá com o coração acelerado porque como sempre, o toque do seu celular é estridente. Mas olha, estou fazendo tudo isso por um bom motivo. Lembra da minha amiga? Então, ela me apresentou um cara tão lindo, tão inteligente, alto, másculo, e que usa meias referente aos pares. Ele tem dois cachorros dóceis, e mora em um apartamento no centro de  que é ma-ra-vi-lho-so. Mas antes que você pense que eu liguei pra fazer ciúmes, eu liguei porque eu vim aqui pra sacada fumar, e comecei a chorar. Tava passando ”P.S: eu te amo” na tv por assinatura, e sabe, eu lembrei de quando deitei no sofá com você, e reparei que você usava uma meia de cada par. Você chorou igual criança assistindo, até que aquelas suas duas cachorras monstras resolveram brigar por causa daquele bichinho de pelúcia verde, que você apelidou de melequinha. Olha só, que coisa estúpida, eu fumando. Fumando porque quero parecer mais cool e mais descolada, mas estou chorando porque lembrei que o melequinha era tão engraçadinho. Tá vendo? Eu sou uma burra. Mas você, você também é. Burro por me deixar ir embora, burro por não lutar por mim. Te juro que só mais um pedido para que eu ficasse, eu ficava, e ficava pra sempre! Mas você, como sempre, disse que eu já era grande demais pra decidir o que fazer da vida. Mas vida, que vida? Vida sem você? Não existe. O cheiro desse cara que a minha amiga me apresentou é de perfume importado, você sabe o quando sou tarada por perfumes. Mas eu largaria esse cheiro de Paris ou de banco de couro de carro novo, não importa, pelo seu cheiro de cebolas, após uma tentativa frustrada de um jantar romântico.
Tô chorando mais ainda. Por que você não me pega no colo, diz a ele que sou sua, e me leva pra sua casinha, meu indie, hippie, sei lá, que tem cheiro de lavanda, hein? Hein? Já se passaram 6 meses, vi suas atualizações nas redes sociais. Vi você começando e terminando relacionamentos como quem começa e termina uma barra de chocolate. E eu não falei nada. Quer dizer, até agora, porque você é um idiota, sabe que me ama e não faz porcaria nenhuma. Mas enfim, além de estar fumando e chorando, eu também tô bebendo. Bebendo muito, mas nem assim esqueço. Você sabe o quanto me faz falta? Todos os poemas de Vinicius me lembram você, e os toques, os sorrisos, as piadas, são tão sem graça se não há você do meu lado, bagunçando meu cabelo e mordendo meu pescoço. Mas tá bom, tô falando demais, né? Você ainda tá aí? Tô falando tanto e nem reparei se a sua respiração tá no outro lado da linha - Tô respirando sim (risos).
- (risos) Que bom então. Desculpa te acordar, te dizer tudo isso, na verdade, eu só tô um pouco cansada, esquece o que eu disse, eu nem gosto mais de voc …
- Que horas te busco?
- Agora.
- Tô indo, te amo.
- Vem logo, tá frio. Amo você também.!!!!"

Vamos?


Eu entro nesse barco, é só me pedir. Nem precisa de jeito certo, só dizer e eu vou. Faz tempo que quero ingressar nessa viagem, mas pra isso preciso saber se você vai também. Porque sozinha, não vou. Não tem como remar sozinha, eu ficaria girando em torno de mim mesma. Mas olha, eu só entro nesse barco se você prometer remar também! Eu abandono tudo, história, passado, cicatrizes. Mudo o visual, deixo o cabelo crescer, começo a comer direito, vou todo dia pra academia. Mas você tem que prometer que vai remar também, com vontade! Eu começo a ler sobre política, futebol, ficção científica. Aprendo a pescar, se precisar. Mas você tem que remar também. Eu desisto fácil, você sabe. E talvez essa viagem não dure mais do que alguns minutos, mas eu entro nesse barco, é só me pedir. Perco o medo de dirigir só pra atravessar o mundo pra te ver todo dia. Mas você tem que me prometer que vai remar junto comigo. Mesmo se esse barco estiver furado eu vou, basta me pedir. Mas a gente tem que afundar junto e descobrir que é possível nadar junto. Eu te ensino a nadar, juro! Mas você tem que me prometer que vai tentar, que vai se esforçar, que vai remar enquanto for preciso, enquanto tiver forças! Você tem que me prometer que essa viagem não vai ser a toa, que vale a pena. Que por você vale a pena. Que por nós vale a pena. Remar. Re-amar. Amar.” Caio Fernando de Abreu.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Quando um não quer dois não podem ser felizes!


Pra quem está de fora, é bem mais fácil perceber quando alguém está insistindo numa história que, muito provavelmente, não tem futuro. Mas para quem está envolvido diretamente nesta tal história, tentando simplesmente ser feliz no amor, parece que sempre vale a pena tentar mais uma vez.
Afinal, quase sempre o outro dá alguns sinais. Em geral, não são exatamente sinais verdes, mas amarelos, com certeza. Ou seja, deixa brechas que fazem com que a pessoa se encha de esperança, crie expectativas e fortaleça a ideia de que, quem sabe, talvez, se persistir mais um pouquinho, dê certo...
Acontece que, entre uma esperança e outra, sempre vêm duas ou três frustrações, mais furos, mais desencontros, menos sintonia. E assim segue o ritmo desgastante e doloroso que só não vê quem não quer: quando um não está disponível, dois não podem viver uma história de amor!
...lembre-se do sábio dito popular: “para um bom entendedor, meia palavra basta”. Isto é, pare de dar “murro em ponta de faca”, reveja suas escolhas, olhe para a realidade tal qual ela se mostra e pare de viver de ilusões seguidas de desastrosas desilusões!
Você merece bem mais do que isso, mas só vai viver, de fato, algo que realmente te faça crescer e se sentir feliz quando acreditar nesta possibilidade e acender, você mesmo, todos os sinais vermelhos para esta história morna, sem intensidade, sem profundidade e sem coração na qual você vem insistindo em investir...
A partir de hoje, portanto, vai investir na busca ou mesmo na espera (consciente e equilibrada) de um amor recíproco, intenso, inteiro, entregue, que esteja tão disposto quanto você a experimentar todos os sentimentos e a superar qualquer dificuldade.
Um relacionamento que lhe renda sonhos realizados, desejos vivenciados e uma história consistente entre duas pessoas que reconhecem que vale a pena insistir, sim, num amor, desde que os dois corações estejam seguindo o mesmo caminho, na mesma direção. E assim, quem sabe, você nunca mais se deixe consumir numa insistência masoquista, esvaziada de qualquer criatividade ou reciprocidade...
Isto é amar e ser livre.
Amar e ser feliz!
Rosana Braga